quarta-feira, 13 de maio de 2009

Afinal a Avó tinha razão

Lembro-me que quando eu era rapazito, tinha a ambição de crescer depressa porque assim, entre outras coisas, podia ter uma conta num banco. De preferência naquele onde o meu pai trabalhava, porque assim seria ele a tomar conta do cofre onde estaria o meu dinheiro. Assim que fiz 18 anos fui logo ter com ele e pedi-lhe para me abrir uma conta. Tinha 500$00 das prendas dos anos e ele juntou mais 100$00 e assim eu fiquei um homem importante com 600$00 no banco. Estavam lá guardados... Para um dia que precisasse... Não existia local mais seguro do que o cofre de um banco para guardar o dinheiro. A minha avó dizia que nós não sabíamos o que estávamos a fazer ao entregar as nossas poupanças a desconhecidos, mas eu dizia-lhe sempre que ela é que não percebia o sistema e, com todo o respeito e carinho que sempre mantive por ela e que ainda hoje mantenho, mesmo depois dela ter desaparecido, dizia-lhe que debaixo do colchão é que eu não o punha. Ainda vinham os ladrões e ficávamos sem ele.
Ai, ai, avó... Se eu soubesse o que tu sabias...

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